domingo, 17 de outubro de 2010

Pequena Lisa

*Esse texto foi escrito por mim há uns 3 anos atrás, para uma proposta do meu antigo colégio. Um pouco sentimental demais, eu confesso. hehe*


Cansada de tentar estudar, Lisa vai até o banheiro, entra e tranca a porta. Demorou uma fração de segundo para perceber que a luz estava apagada e a manteve assim. Aquela repentina escuridão estava libertando todos os sentimentos que Lisa evitava sentir.
Tateou a parede mais próxima e se encostou nela, escorregando as costas até sentar no chão, cruzou as pernas e olhou para cima.
Se pensou que na escuridão Lisa não veria nada, está muito enganado. A menina podia ver tudo com clareza.
Passou a mão por seu cabelo desarrumado enquanto sorria para o nada.
Ali sentada, Lisa poderia visitar qualquer lugar, sentir o cheiro de qualquer pessoa, enfim, enxergar tudo! Pois quando os olhos não vêem, a imaginação voa longe, longe...
E mesmo com todos os problemas pelos quais Lisa estava passando, aquela escuridão pôde trazer a ela muita paz e conforto.
Sentiu uma lágrima gelada correr em seu rosto. Estava na hora de levantar e ligar aquele maldito interruptor; acabar com o momento de insanidade e paz, durante aquela noite fria.

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