quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Sábio e a Moribunda

Chorava tacitamente por tê-lo deixado partir. A menina de 13 anos se debulhava em lágrimas porque o suposto “amor de sua vida” havia partido, provavelmente encantado por uma outra alma tão imatura quanto a dos ex-amantes. Sentada na banqueta do piano e de costas para este, a menina soluçava alto e balançava negativamente a cabeça. Simplesmente não conseguia suportar a ideia de ter havido quebrado o seu coração. Pobre garota.
Seu avô, algumas décadas mais experiente e reflexivo, incomodou-se diante do desespero da decadente. Mas, já sabendo que longos discursos provavelmente não a atingiriam, resignou-se a escrever-lhe um bilhete com a seguinte frase:


Não deixe que o laço que te une a outra pessoa seja mais justo que o laço que te une a si mesma.

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