domingo, 15 de dezembro de 2013

O Mágico e a Sonhadora

Andava distraída pelo museu quando foi subitamente tomada por uma incontrolável fadiga. Nada ali a interessava mais do que a poltrona que repousava acima do tapete preto no canto direito do aposento.
Sentou-se confortavelmente enquanto lutava contra a força que demandava que seus olhos se fechassem, mas era tarde demais.
Poucos segundos depois, Paloma já estava flutuando em um majestoso palácio persa, em meio a altos pilares, tapetes decorados e escadarias douradas.
Como todo bom sonho encantado, só poderia acontecer o óbvio: a mocinha tropeçou em uma lâmpada mágica. Grande achado!
Sabia como proceder nessa situação. Esfregou a lâmpada e com grande alegria recebeu o grande senhor mágico coberto em manto vermelho e sob uma boina azul. A estranha criatura recém-aparecida fez menção de que iria falar, mas Paloma o interrompeu e declarou: “Já sei, posso verbalizar três desejos”. – e esboçou um sorriso orgulhoso. O gênio apenas concordou com um aceno afirmativo da cabeça.
“Mas, pensando bem, eu só tenho uma coisa a pedir para o senhor...” – Falou timidamente a menina enquanto olhava para o chão.
O gênio aguardou.

Se me abençoasses com a oportunidade, eu gostaria de poder voltar aquele momento em que a paz e a tranquilidade dentro de mim foram plenas. Me envolveria mais uma vez nos braços dele, e novamente observaria a noite nos acalentando com seu sopro frio. Beijaria os mesmos lábios, escutaria a mesma melodia, e mais uma vez eu me entregaria com a ternura que agora inunda o meu coração.

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