Estava olhando através do vidro da janela quando de repente ouvi o barulho de um trovão. Os pêlos de minha nuca arrepiaram em sintonia com o estrondo. Mais um trovão, e mais outro. "Sim, estão certos. Eu concordo" pensei. Concordei com tudo aquilo que dizia a trovoada. Cada barulho, cada palavra.
E então vejo raios cortando o céu como lâminas afiadas que arranham a pele. Um rasgo no firmamento.
E finalmente a chuva cai. Cada pingo é líquido como a substância que agora jorra de minhas veias.
Oh tempestade, se por aqui estiver de passagem, leva-me contigo. Pra bem longe daqui.
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