sábado, 17 de abril de 2010

Domingo

Ela despertou com uma grave dor de cabeça e um espaço vazio ao lado na cama. Já amaldiçoando santo Antônio casamenteiro, levantou-se rapidamente e vestiu o roupão com violência. “onde será que se meteu aquele verme?” perguntava a si mesma.
Até que topou com um envelope vermelho cuidadosamente posto ao lado do porta-retrato em cima da escrivaninha. Impaciente, abriu e leu o que estava escrito na folha dentro dele.
Oh Tereza, amor de minha vida.Sei que consegue ver todos os motivos do mundo para me odiar, mas te suplico que não o faça. Se eu errei, peço perdão em nome de todos os santos que existem no céu. (Eu sei que você recorre a eles).Oh Tereza, Deus sabe que eu nunca deixei de te amar, um segundo sequer, e que eu morro de felicidade quando tu me ligas pedindo pra voltar pra casa mais cedo, mas às vezes não posso atender.Quero que saibas também que a carta que tu me destes no começo do namoro eu sempre leio e guardo até hoje comigo, na minha gaveta de meias, pode conferir.Oh Tereza, eu nunca me esqueço do castanho-avermelhado de seus olhos, minha cor preferida, pode acreditar.Não esqueço também que você adora o luxo de comer bombons de cereja da padaria do seu Alfredo no café-da-manhã, por isso fui ali comprar.Volto logo,João Ricardo.
Com lágrimas nos olhos e um sorriso estampado na cara, Tereza aguardou.

2 comentários:

  1. Hehehehehe...

    Esse Joao Ricardo quase que foi pego pela Tereza, antes de ir comprar os bombons, de tanto que ele escreveu...

    Gostei, Renatinha!!!

    Jacelio

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