quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Leão e a Raposa

Há muito tempo atrás, 8 séculos passados, havia uma raposa e um leão. Eles pertenciam a reinos diferentes, porém moravam relativamente perto um do outro.
A raposa era miserável, morria de fome e não tinha dinheiro algum, então freqüentemente ela viajava até os reinos mais próximos para conseguir comida ou roubar de alguém. O leão também passava fome, mas ele tinha uma pequena fortuna em esmeraldas que, infelizmente, não eram aceitas como dinheiro em seu reino, então ele resolveu vendê-las.
A raposa estava caminhando quando de repente topou com o leão e várias esmeraldas em torno dele. Ela perguntou, animada “Oh grande leão, você está dando esmeraldas?” O leão riu e respondeu “não posso dá-las, pois sou pobre, então estou vendendo.” A raposa queria ter as esmeraldas, pois ela poderia comprar comida em seu reino (onde as esmeraldas eram aceitas), mas ela não tinha dinheiro para dar ao leão, então ela mentiu “Eu posso levar duas esmeraldas agora, e amanhã cedo eu volto para pagar.”
O leão tinha bom coração e caiu no papo da raposa, que levou as duas esmeraldas e conseguiu comida para aquele dia. Na manhã seguinte, bem cedo, a raposa apareceu na tenda do leão e disse “Oh grande leão, eu vim aqui, pois quero mais esmeraldas”. Mas o leão tinha boa memória e respondeu “Não, você já está me devendo o pagamento de duas esmeraldas.”
A raposa então suplicou por mais esmeraldas e prometeu que pagaria no dia seguinte. O leão estava com muita fome, mas confiou na raposa e deu as esmeraldas. Ela voltou feliz ao seu reino e comeu bastante naquela noite.
No dia seguinte, a raposa apareceu de novo na tenda do leão, pedindo por mais esmeraldas, prometendo pagar na manhã seguinte. O leão percebeu que a raposa estava cada vez mais forte, enquanto ele estava magro e fraco. Ele se aborreceu com ela e rugiu “Essa é a ultima vez que eu te deixo levar esmeraldas, se você não pagar amanhã, eu vou te comer.” A raposa mentiu mais uma vez e conseguiu levar as esmeraldas ao seu reino, jantou e ficou bem forte.
Na manhã seguinte, lá estava a raposa na tenda do leão, este de tão fraco não conseguiu dizer uma só palavra, apenas estendeu a pata esperando receber o pagamento. A raposa traiçoeira aproveitou-se da fraqueza do leão e, sem hesitar, o comeu.

sábado, 17 de abril de 2010

Domingo

Ela despertou com uma grave dor de cabeça e um espaço vazio ao lado na cama. Já amaldiçoando santo Antônio casamenteiro, levantou-se rapidamente e vestiu o roupão com violência. “onde será que se meteu aquele verme?” perguntava a si mesma.
Até que topou com um envelope vermelho cuidadosamente posto ao lado do porta-retrato em cima da escrivaninha. Impaciente, abriu e leu o que estava escrito na folha dentro dele.
Oh Tereza, amor de minha vida.Sei que consegue ver todos os motivos do mundo para me odiar, mas te suplico que não o faça. Se eu errei, peço perdão em nome de todos os santos que existem no céu. (Eu sei que você recorre a eles).Oh Tereza, Deus sabe que eu nunca deixei de te amar, um segundo sequer, e que eu morro de felicidade quando tu me ligas pedindo pra voltar pra casa mais cedo, mas às vezes não posso atender.Quero que saibas também que a carta que tu me destes no começo do namoro eu sempre leio e guardo até hoje comigo, na minha gaveta de meias, pode conferir.Oh Tereza, eu nunca me esqueço do castanho-avermelhado de seus olhos, minha cor preferida, pode acreditar.Não esqueço também que você adora o luxo de comer bombons de cereja da padaria do seu Alfredo no café-da-manhã, por isso fui ali comprar.Volto logo,João Ricardo.
Com lágrimas nos olhos e um sorriso estampado na cara, Tereza aguardou.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pra não dizer que eu sou solitária, eu digo que sou singular.